A importância do reaproveitamento de resíduos na construção civil

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Engenheiro de Produção pela Faculdade de Campinas (2013), Especializado em Gestão de Obras pela Universidade Federal de São Carlos (2015), Especializado em Gestão e Estratégia de Empresas pela Universidade Estadual de Campinas (2016), PMO-CP (PMO Certified Practitioner) pelo PMO Global Alliance (2019). Sócio Fundador da PMON Gerenciamento, empresa especializada no Orçamento, Planejamento e Gerenciamento de obras.

O descarte exacerbado de resíduos e a falta de medidas para rever esta situação são os principais problemas socioambientais da sociedade atual. Essa situação acontece em diversos setores e causa um grande impacto que vem se expandindo cada vez mais com o passar dos anos.

No ramo da construção civil, infelizmente não é diferente. O setor é um dos que mais geram riqueza e empregos no Brasil, mas também um dos que mais produz lixo. O que torna cada vez mais urgente compreender a importância do reaproveitamento de resíduos na construção civil.

Temos uma boa notícia: existem práticas sustentáveis e ações alternativas que prometem uma gestão de resíduos mais inteligente neste setor.

Continue a leitura, confira um pouco dos detalhes desse cenário e quais são as medidas que podem ser adotadas em busca de um reaproveitamento mais efetivo.

Panorama geral dos resíduos na construção civil

De acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos na Construção Civil e Demolição (Abrecon), aproximadamente 290,5 toneladas de entulhos resultam todos os dias das pequenas e grandes obras. E apenas 21% desse valor é de fato reciclado e reaproveitado. 

As construções e demolições geram os mais diversos tipos de resíduos, que na maioria das vezes são descartados de maneira irresponsável, afetando diretamente a qualidade de vida urbana, ocasionando em:

  • sobrecarga dos serviços municipais de limpeza pública, 
  • riscos à saúde da população, 
  • depósito irregulares em terrenos baldios, 
  • acúmulo em rios e encostas, 
  • acúmulo de água e, por consequência, insetos e bichos.

Medidas que resultam no reaproveitamento de resíduos na construção civil

O primeiro passo é incentivar e conscientizar os colaboradores da obra para que todos os recursos sejam bem utilizados, causando o mínimo de desperdício e o reduzindo o acúmulo de resíduos na construção civil.

Outro passo importante é o encaminhamento dos entulhos para empresas especializadas. Para que o reaproveitamento seja realizado de forma racional e segura, respeitando as recomendações técnicas de órgãos fiscalizadores.

As vantagens dessas medidas é uma obra mais limpa, sustentável e econômica.

Diferenças entre reutilização e reciclagem

De acordo com o  Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por meio da resolução 307, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, as diferenças entre reutilização e reciclagem são:

  • Reutilização: quando não há transformação do resíduo. 
  • Reciclagem: quando há o processo de transformação do resíduo.

Classificação para reaproveitamento

A resolução 307 do CONAMA também traz uma classificação para os resíduos provenientes das obras e demolições que podem ser reutilizados ou reciclados. 

Confira abaixo os detalhes:

  • Classe A: são os resíduos que podem ser reutilizados ou reciclados, por exemplo:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

  • Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:

Plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso;

  • Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;
  • Classe D: são resíduos perigosos, como:

Tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos.

Novo sentido para os resíduos na construção civil

Conheça as alternativas sustentáveis que o mercado já oferece a partir do reaproveitamento de resíduos na construção civil:

  • Tijolos e telhas: produzidos a partir de solo-cimento e adição de resíduos de construção reciclados;
  • Areia reciclada: produzida a partir do reaproveitamento de blocos de concreto;
  • Rachão: originário da reciclagem de concreto e outros derivados, podendo ser utilizado na terraplanagem e drenagem do solo.
  • Pedrisco: reaproveitamento de escombros, tijolos e restos de concreto.

Como você viu, o reaproveitamento ainda precisa ser estimulado, já que apenas pouco mais de 21% entra no ciclo da reutilização ou reciclagem. Os ganhos ambientais, econômicos e sociais são inegáveis e precisam ser cada vez mais estimulados. 

E aí, gostou do conteúdo sobre a importância do reaproveitamento de resíduos na construção civil?

Agora que você leu todo o conteúdo, pôde conferir as vantagens do reaproveitamento de resíduos na construção civil. Vamos fazer nossa parte e construir um futuro melhor para as próximas gerações? Juntos somos mais fortes!

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